segunda-feira, novembro 28, 2005

Editoriais de segunda, 28/11

O Jerusalem Post escreve: "A União Européia parece ser um intermediário correto quando defende a causa palestina... Agora é a vez do relatório da UE, que nos lembra que mesmo bairros integralmente de Jerusalém, como Talpiot oriental, Gilo, Pisgat Ze'ev, Ramot e Givat Tzarfatit são considerados 'assentamentos ilegais'. Além do fato de ser divulgado em um péssimo momento, o relatório está substancialmente equivocado. Onde está um relatório da UE que cobre dos palestinos o reconhecimento da conexão milenar entre o povo judeu e Jerusalém? Por que esse relatório ignora não apenas os últimos cinco anos de violência palestina intransigente, como também o não dos palestinos em resposta às concessões bem-intencionadas de Ehud Barak sobre Jerusalém em 2000? Qualquer análise justa reconheceria que não se trata de 'políticas israelenses reduzindo a possibilidade de se alcançar um acordo final sobre o status de Jerusalém', mas em grande medida, a recusa palestina... Se a UE quer ter um papel positivo, deveria enfatizar aos palestinos a realidade: nenhum governo israelense vai concordar em voltar às linahs do armistício de 1949. Nenhum primeiro-ministro vai ceder o Muro das Lamentações ou permitir que o hospital Hadassah e a Universidade Hebraica de Jerusalém, no Monte Scopus, voltem a ser terra de ninguém".

Yediot Acharonot discute o papel das considerações étnicas na política israelense e arrisca que "os partidos que estão assentados em bases de demagogia étnica estão silenciosamente falindo". O jornal sugere que "os eleitores do Partido Trabalhista, Kadima e Likud não estão preocupados com etnias, mas com suas próprias vidas e com a vida do país".

O Hatzofeh ridiculariza os argumentos de que o terrorista Marwan Bragouti, detido, seria moderado.

E o Haaretz comenta: "O Conselho Municipal de Tel Aviv vai se reunir hoje para discutir um plano para renovação de longo alcance - na prática a destruição - do auditório Mann (Heichal haTarbut). Por conta da pressão da opinião pública, o encontro, que deve ocorrer no próprio edifício, vai ser aberto para participação dos cidadãos. Mas a prefeitura não se incomodou em anunciar isso de uma maneira condizente com a importância do assunto. Será uma oportunidade de protestar contra o plano, que até agora tem avançado sem transparência, com o objetivo de danificar um dos bens culturais mais importantes da cidade. Os danos que estão sendo planejados vão entrar na lista de outros atos de destruição, como os que foram feitos à praça Dizengoff, a um notório edifício Bauhaus e a outros locais-chave em Tel Aviv, que foram apagados da cidade com o passar dos anos... A Knesset tem sido mais sensível, e diversos projetos de lei foram submetidos para brecar a destruição. Se apesar disso a prefeitura de Tel Aviv persistir, a Knesset e um alerta público devem barrá-la".