quarta-feira, novembro 30, 2005

Editoriais de quarta, 30/11

O Haaretz comenta: "Os postos militares ilegais que o governo se recusou a desmantelar, são lar para criminosos que, além de se apoderar de terras que não pertencem à eles, têm tido o hábito de assaltar os vizinhos palestinos e as propriedades e plantações dos palestinos, supondo que o braço da lei é muito curto para alcançá-los. Na vila de Salem, apenas, cerca de 180 oliveiras foram queimadas em maio, enquanto 250 árvores foram derrubadas em julho e outras 200 em outubro... A destruição de oliveiras é não apenas um golpe fatal no meio de vida dos agricultores palestinos, é em primeiro lugar um ato perverso que reflete um desejo de atacar um dos símbolos mais importantes de propriedade dos palestinos e uma tentativa de provar que os colonos de fato pretendem ganhar essas terras e expulsar delas seus habitantes. Mas a destruição dessas árvores também simboliza a apatia, para não dizer crueldade, da ocupação israelense e a indiferença criminosa sobre as ações dos colonos das agências responsáveis pela imposição da lei... O Shin Bet [serviço de inteligência nacional de Israel], que é capaz de capturar alguém que é buscado ainda que ele se esconda no coração de cidades palestinas populosas, certamente não teria dificuldades em localizar alguns poucos israelenses que derrubaram duzentas oliveiras na luz do dia, sem qualquer interferência, para depois guardar suas ferramentas e voltar para as casas ilegais nos postos ilegais".

O Jerusalem Post escreve: "A celebridade de mídia Shelly Yehimovic transformou ela mesma em notícia quando anunciou sua saída do Canal 2 e sua estréia na política ao lado de Amir Peretz no Partido Laborista. Isso resultou ao mesmo tempo em coberturas bajuladas nas ondas de televisão e rádio e em exigências tumultuadas de que um período de esfriamento seja imposto a jornalistas que se tornam políticos. Achamos as duas reações censuráveis. A passagem de Yehimovic deveria ser vista de uma forma menos apassionada. Jornalistas têm tanto direito quanto qualquer um de se candidatar a uma função política, mas elogios não-críticos dos colegas, por um lado, e denúncias histéricas de rivais políticos, por outro, as duas erram na medida".

O Yediot Acharonot analiza a situação atual da Bolsa de Valores de Tel Aviv e avisa que seu crescimento contínuo talvez seja desproporcional à realidade econômica.

E finalmente o Hatzofeh chama atenção ao caso dos antigos residentes de Gush Katif, alguns dos quais começaram ontem uma greve diante do escritório do primeiro-ministro em Jerusalém.