quinta-feira, dezembro 01, 2005

Editoriais de quinta, 1/12

O Haaretz comenta: "Alguns vêem os resutados da Conferência de Barcelona, que terminou esta semana, como um sinal de mudanças essenciais na atitude européia com relação a Israel: Estados árabes exigiram que se colocasse no documento oficial final, 'Código de conduta na reação contra o terrorismo' o direito à autodeterminação e à objeção à ocupação. Israel recusou. Quando se tentou incluir na redação os termos de que o direito à autodeterminação não justifica terror e violência, foi decidido deixar de lado uma declaração conjunta para que se pudesse publicar uma só declaração condenando o terrorismo 'em todas as suas formas e manifestações'. Deve-se lembrar que apesar da excitação, os europeus não trocaram seus conceitos básicos: a declaração européia de Barcelona ainda pede que os lados conduzam um diálogo direto, expressem o compromisso de voltar ao Mapa de Rotas e a idéia de trocar território por paz, e chega a mencionar a Declaração de Beirute de 2002 (que os palestinos interpretam, entre outras coisas, como um reconhecimento do seu 'direito de retorno')".

O Hatzofeh não se surpreende pelo fato de que a jornalista Shelly Yachimovich e o professor Uriel Reichman se uniram ao Trabalhismo e ao partido Kadima [nova legenda de Ariel Sharon], respectivamente. Os editores acreditam que a jornalista é uma esquerdista radical e que o professor, um secularista radical. O jornal clama rabinos líderes de movimentos religiosos sionistas a se envolverem mais ativamente na mediação de um acordo entre o Partido Religioso Nacional e a União Nacional [ambas as legendas são formadas por judeus ortodoxos] a montarem um partido único.

O Yediot Acharonot compara a carreira política de Ariel Sharon com a de Charles DeGaulle [ex-presidente da França].

Ainda o Yediot Acharonot, em seu segundo editorial, comenta a respeito do crescimento do partido Meretz e afirma que a mudança de direção esperada do líder do Trabalhismo Amir Peretz para o centro - com a intenção de atrair eleitores mais moderados - "é a razão pela qual o Meretz é vital como partido".

[Voltamos no domingo]