domingo, dezembro 18, 2005

Editoriais de segunda, 18/12

[Os editoriais da semana passada serão publicados oportunamente]

O Jerusalem Post escreve: "Indepentendente de quão bem o Hamas se saia nas eleições, a questão importante para Israel e para a comunidade internacional é se a Autoridade Palestina evita que organizações terroristas - eleitas ou não - operem debaixo dos seus olhos. Se a AP não o fizer, não apenas Israel não deve ter nada a ver com isso, mas a comunidade internacional deve, como sugeriu o Congresso norte-americano, deixar de apoiar a AP diplomática e economicamente. Ninguém pode forçar os palestinos a escolher a paz e o Estado que lhes está sendo oferecido em troca. O que Israel e o resto do mundo podem fazer é forçar os palestinos a escolher entre paz e um Estado, por um lado, ou continuar com a guerra e o terrorismo, por outro".

O Haaretz comenta que "desde o início dos anos 1990, mais de 1 milhão de imigrantes chegaram a Israel vindos dos países da ex-União Soviética. Cerca de um quarto deles, ao redor de 300 mil, não são reconhecidos como judeus pelo Estado de Israel. A maioria não se define como cristãos então, de forma padrão, o Escritório Central de Estatísticas os qualifica como 'outros'... Centenas de milhares de imigrantes designados como 'outros' não pertencem a qualquer seita religiosa reconhecida e, por isso, não podem se casar, se divorciar ou ser enterrados de acordo com uma cerimônia religiosa... O Estado de Israel e seus líderes são moral e publicamente responsáveis pela complicação dos imigrantes não judeus. Os líderes do país devem entender que na ausência de uma solução religiosa conhecida, as conversões não podem mais ser tomadas como um 'bilhete de entrada' à sociedade israelense. Se a conversão estatal não justifica os recursos aplicados a ela e não corresponde às expectativas, então será necessário chegar à conclusão obrigatória e resolver o problema dos imigrantes não judeus de outra forma, por meio de soluções como uniões civis e sepultamentos não religiosos".

O Hatzofeh afirma que o assassinato terrorista de um morador de Beit Hagai, ocorrido na última sexta, "ensina pela enésima vez que relaxar as restrições aos palestinos na situação atual - em que as organizações terroristas continuam a ver a morte de colonos como legítima - coloca a vida dessas pessoas em perigo".

O Yediot Acharonot diz que não importa quem vai vencer as primárias do Likud amanhã [segunda], mas insiste que "o importante é que se assegure a derrota do Comitê Central do Likud".

Em seu segundo editorial, o Yediot Acharonot teme o fato de que as eleições estejam sendo desviadas por temas relacionados à segurança em vez de focar em assuntos sócio-econômicos.

Finalmente, o Yediot Acharonot, em seu terceiro editorial, critica o "racismo anti-árabe" de certos torcedores do [time de futebol] Betar Jerusalém.