domingo, abril 23, 2006

Editoriais de domingo, 23 de abril

O site volta a publicar os editoriais da imprensa israelense depois de um período forçado de inatividade. E convida os leitores que se interessarem a colaborar com o projeto, seja traduzindo material, seja contribuindo de alguma forma, como com indicação de links para inclusão aqui. Sua participação é muito importante.

O Haaretz comenta: "Se alguma coisa ainda restava de uma aparente separação do que é oficial e do que é clandestino na Autoridade Palestina, desde que o Hamas tomou controle do governo isso desapareceu. A clara ilustração disso é a decisão do ministro do Interior do governo do Hamas, Said Sayem, de apontar Jamal Abu Samhadana como inspetor geral de seu ministério e como comandante de uma nova força de segurança. Abu Samhadana é completamente inaceitável para Israel, cujos civis ele matou durante anos a partir de seu esconderijo em Rafah, e para os Estados Unidos, porque seus Comitês de Resistência Popular assassinaram norte-americanos na Faixa de Gaza em 2003... Ele representa um modelo novo, explícito e provocativo - o "policial-terrorista", um terrorista que é também comandante de uma força policial. Até o momento, o governo do Hamas falou em termos de não-paz. Ao indicar Abu Samhadana, alterna para uma declaração de guerra contra Israel, e não apenas contra Israel: o governo do primeiro-ministro Ismail Haniyeh está caminhando em direção a um confronto com o presidente da AP Mahmud Abbas, que emitiu uma ordem que rescinde a indicação de Abu Samhadana e dissolve a nova força de segurança... O Hamas insiste em juntar evidências de que nega qualquer esperança de que o governo vai restaurar a ordem e acabar com o terrorismo. Os disparos continuados de mísseis Qassam, o atentado em Tel Aviv (e outros que foram frustrados pelas forças de segurança) e agora a indicação de Abu Samhadana provam que as chances de que um entendimento entre Israel e palestinos são mais remotas do que nunca. A responsabilidade pela retomada da violência recai diretamente sobre os palestinos, que estão sendo levados pelos seus governantes a tempos difíceis"

O Yediot Aharonot pergunta "A reocupação de Gaza, ou uma operação militar ampla qye incluiria ataques contra a liderança do Hamas realmente melhoraria a situação de segurança em Israel?" e responde que "O combate contra a ascenção do Hamas exige paciência e sagacidade; exige a habilidade de saber o que fazer e o que não fazer".

O Jerusalem Post escreve: "Se os Estados Unidos, o Reino Unido, a França e a Alemanha anunciaram em conjunto um embargo militar e diplomático contra o Irã como um primeiro aviso de futuras sanções do Conselho de Segurança da ONU, essas nações poderão deixar claro que o jogo do Irã não vai funcionar. Esses são os quatro países que devem liderar e cuja segurança - além da de Israel - está mais em risco. Ninguém pode permitir que a Rússia ou a China determinem os limites de uma resposta internacional às agressões terroristas atuais do Irã e a uma ameça nuclear em potencial".